terça-feira, 27 de maio de 2008

O desafio da Inovação


Viver é inovar.
A Inteligência Organizacional é o componente humano de maior valor para as organizações. Colaboradores devidamente lapidados e comprometidos com a empresa geram indubitavelmente resultados expressivamente positivos.
Embora alguns empresários acreditem que ampliar a taxa de empregabilidade de seus colaboradores possa ser um caminho de duas vias e que uma dessas vias seja o investimento na qualificação de profissionais para que outras empresas os capturem, o sucesso obtido através da melhoria contínua dos conhecimentos dos colaboradores é extremamente compensadora e diferencia as empresas que encontram-se no ciclo da sobrevivência daquelas que vivem o ciclo da inovação.
O ciclo da sobrevivência é fadado ao fracasso. Quando as empresas estão neste ciclo os objetivos já se perderam, as lentes que ajustam o foco estão embaçadas e o compromisso é uma corrida contra o relógio para apagar incêndios por meio de medidas paliativas. O abandono para com o capital humano é explícito e as fontes minguam e estão prestes à extinção.Já o ciclo da inovação é o caminho para vitórias sucessivas. Para as felizes empresas que vivem este ciclo, a inovação é um bem organizacional, caracteriza-se pela habilidade em flexibilizarem-se na busca dos seus reais objetivos e confiam na ampliação do seu Q.I.O (Quociente de Inteligência Organizacional) como estrutura sustentável. A inovação é o oxigênio, a consciência e a maturidade organizacional que levam as organizações vencedoras a assim continuarem sendo.
A inclusão no ciclo da inovação necessita de alguns passos fundamentais para a sua efetivação.
O primeiro e mais evidente passo é permitir-se e tornar-se aberto a mudanças. Essa constante pessoal e profissional é a porta de entrada para a inovação.

A visualização inteligente do ambiente é o passo seguinte. É preciso um auto-exame da essência a que organização se propõe (visão interna). Somada a pesquisa e a análise do ambiente externo através de históricos, presente e antevisões, as coordenadas tornam-se visíveis e viabilizam a aplicabilidade do terceiro passo.

Este passo é composto de dois elementos que se condicionam, a criatividade e o conhecimento. A criatividade é o dom que todos possuem, mas que nem todos o ampliam e o desenvolvem. O conhecimento torna-se um dom na medida em que o conquistamos. É dotado de um infindável recipiente onde armazenamos as informações que absorvemos em nossa captação construtiva. No ciclo da inovação, estes dois elementos devem ser aplicados partindo das coordenadas obtidas através da visão interna e externa, para que sua aplicabilidade atinja melhores resultados.

As ações cooperadas conferem ao ciclo da inovação a longevidade. É evidente que a organização precisa ser competitiva, mas isso não lhe permite a voracidade instantânea que gera resultados imediatos e aniquila com parcerias constantes. Os peixes precisam crescer para serem pescados.

Este passo é composto da seguinte fórmula: cooperação competitiva + inovação = evolução.A cooperação competitiva é baseada na flexibilidade que gera alianças duradouras, somada a criatividade, atinge-se o nível evolutivo ao qual o ciclo da inovação se propõe.
Suplantadas por algumas ações imprescindíveis, sem dúvida este é um “set” para a trilha da vitória. Sim, é uma trilha, pois todos os dias as mudanças podem fazer com que os melhores caminhos sejam de maior ou menor tortuosidades.

O “set” para o ciclo da inovação precisa ser suportado por comunicações eficazes. Estas comunicações precisam ser transparentes, permanentes e que sigam vias como uma rosa dos ventos de ida e volta. Os captadores (pesquisadores) precisam ser desenvolvidos para que o suporte ao ciclo esteja constantemente atualizado. A percepção de que todos são captadores precisa ser despertada. Cada colaborador é um pesquisador e precisa desenvolver a habilidade em capturar informações. As informações estão disponíveis, mas nem todos estão “ligados” para as captar, assimilar e agir de acordo com a sua absorção.

A formação de colaboradores “ligados” passa pela qualificação permanente dos mesmos. Essa qualificação desencadeia uma tríade de responsabilidade. Ela acontece da seguinte maneira:

1.º A empresa investe no colaborador (treinamentos / benefícios / segurança);

2.º O colaborar se desenvolve e aumenta a capacidade de gerar melhores resultados para a organização;

3.º Os resultados surgem expressos em crescimento e solidez organizacional.
Com isso, o ciclo da inovação passa a reger a organização de maneira positiva e estruturada. A chave para desenvolver é semear, reciclar e retomar.

Com a concepção do “set’ em soma aos componentes do suporte, o passo inicial está dado e então é hora de planificar com datas que permitam as realizações de forma realista (mas lembre-se de ter planos “B” – visão pessimista e otimista) e agir com um sentimento auto-motivador do tipo “eu posso fazer mais”.
E assim, o “Desafio da Inovação” está em suas mãos. Cabe a cada um escolher continuar em uma cada vez mais insegura zona de conforto ou no universo daqueles que são/fazem a diferença.


http://www.administradores.com.br/artigos/o_desafio_da_inovacao/23127/

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Como vencer o terror da entrevista

É impossível deixar de ficar tenso na conversa cara a cara. Conheça estratégias para ficar mais seguro na hora de se vender para uma vaga

A entrevista é, sim, o momento mais importante e decisivo no processo de contratação. Para conseguir uma posição em qualquer empresa deste planeta, você terá de enfrentar pelo menos uma entrevista. Hoje em dia, um candidato passa, em média, por três ao pleitear um cargo. E será que você está pronto para enfrentar os desafios típicos dessa situação? Infelizmente, as empresas também acham que a maioria dos candidatos não está. O principal problema: chegar para a entrevista com o script pronto, decoradinho.

Lição fundamental: não queira ser na entrevista o que você não é de fato. Depois de alguns meses você pode perceber que não tem nada a ver com a empresa. E aí suas chances de crescimento profissional são mínimas. Você simplesmente trava sua carreira. Mais: não invente respostas quando você não sabe o que dizer. Numa dessas escorregadas, o candidato perde a vaga na hora. É melhor assumir que não sabe a resposta. Para conseguir a combinação de espontaneidade e argumentação bem fundamentada ? indispensável para uma entrevista bem sucedida ?, é preciso se preparar muito. A seguir, apresentamos um roteiro que irá ajudá-lo nessa empreitada.

ANTES

Lição de casa: faça uma pesquisa completa sobre a empresa

  • Há quanto tempo ela está no mercado? Quais os produtos?
  • Como é sua reputação entre os concorrentes?
  • Ela é lucrativa?
  • Levante todos os números possíveis:
  • Faturamento
  • Lucro
  • Previsão de crescimento
  • Quais os valores e a missão da organização?
  • Lembre-se: Os melhores dados geralmente vêm de pessoas que conhecem os detalhes da companhia (funcionários, ex-funcionários e clientes)
  • Revise e estude cuidadosamente seu currículo

  • Esteja pronto para explicar cada movimento e conquista que realizou ao longo da carreira
  • Use números e exemplos
  • Fique atento às exigências típicas que variam de acordo com o tipo de empresa em que você está pleiteando uma vaga:

  • Setor financeiro: esteja preparado para fazer cálculos e resolver problemas que envolvem raciocínio.
  • Área de consultoria: certamente o entrevistador lhe apresentará casos de empresas.
  • Empresas de varejo: esteja preparado para falar sobre produtos, estratégia de vendas e importância do consumidor.

  • Não se deixe intimidar pelo entrevistador

  • Independentemente do setor, há ainda as entrevistas que testam seu grau de estresse. Nesse caso, mais do que ouvir, o recrutador vai testar sua reação diante de situações-limite. Normalmente, ele já começa disparando observações sarcásticas e até agressivas. Nessa hora, o jogo de cintura é seu melhor aliado.

  • Entrevista na hora do almoço? Fique de olho em seus hábitos sociais!

  • Não peça pratos difíceis de comer
  • Não escolha o prato mais caro do menu
  • Evite bebidas alcoólicas

  • Entrevistador na linha: o que fazer quando a conversa é por telefone

  • Reserve uma sala tranqüila para receber a ligação
  • Escreva antecipadamente alguns pontos importantes que gostaria de discutir e mantenha as anotações em mãos durante a conversa
  • Seu objetivo é conseguir agendar a entrevista pessoalmente

  • Durante a preparação, aposte em algumas perguntas típicas e outras imprevisíveis

  • O que você pode fazer por esta empresa?
  • Onde você se vê em cinco anos?
  • Conte-me uma situação em que você falhou em sua carreira.
  • Está faltando luz de manhã. Você sabe que tem 12 meias pretas e 8 azuis. Quantas meias precisa tirar da gaveta para ter um par perfeito?
  • Qual a sua expectativa de salário?

    Não se esqueça de que você também está lá para avaliar se a empresa é o lugar certo para você. Por isso...

  • Prepare uma lista de perguntas que possam ajudá-lo a conhecer melhor a companhia:

  • Como é um dia típico de trabalho nessa empresa?
  • Quais responsabilidades terei nesse cargo?
  • A quem vou me reportar?
  • Qual o tamanho da equipe da qual farei parte?
  • Qual o estilo de gerenciamento da empresa?
  • Como o(a) senhor(a) vê a empresa em cinco anos?

  • O DIA D

  • Não dê vexame. Saiba o nome e cargo do entrevistador, o local, a data e o horário da entrevista.
  • Vista-se adequadamente para a ocasião. Procure conhecer o perfil da empresa antes, e use essa informação na hora de escolher roupa, sapato e acessórios.
  • Evite perfumes fortes.
  • Confirme se a roupa está limpa.
  • Para as mulheres: evitem saias curtas demais, decotes cavados e tecidos transparentes. Nada de maquiagem pesada.
  • Para os homens: nada de paletó amarrotado, pastas ou sapatos surrados. Verifique se as unhas estão aparadas e limpas. A barba deve estar feita.
  • Administre bem seu tempo. Tente chegar 10 minutos antes da hora marcada.
  • Leve cópias do currículo, anotações feitas durante a preparação sobre suas competências e objetivos, papel e caneta.

  • Chegou a hora!

  • Não esqueça que você pode ser avaliado desde o momento em que pisa na empresa. Portanto, trate bem a secretária e os assessores e fique atento. Qualquer nova informação pode ser preciosa nessa hora.

  • Pense que a entrevista é o seu primeiro dia de trabalho
  • Sua atitude deve ser a de quem está ali para discutir um projeto, e não a de quem está mendigando um trabalho
  • Tente manter sua autoconfiança
  • Reflita bem antes de responder. Não se precipite, mas também não enrole
  • Jamais fale mal do seu ex-chefe ou da empresa em que trabalhou
  • Não tenha receio de mostrar sentimentos de insatisfação ou raiva

  • Escape das armadilhas

  • Se o entrevistador faz uma pergunta que você não tem idéia da resposta?

    "Fale-me sobre o modelo Value at Risk de avaliação de risco", dispara o entrevistador. Que fria! Você não sabe a resposta. Mas conhece um outro modelo. Então, siga em frente. Diga: "Conheço pouco o Value at Risk para fazer uma análise mais profunda, mas conheço esse outro método, que acredito ser extremamente eficiente". Ninguém espera que você seja uma enciclopédia ambulante, mas que saiba defender suas idéias.

  • Se o recrutador chama você pelo nome errado?

  • Faça uma correção na hora. Educadamente diga que você é fulano e não sicrano e continue a conversa. Se o entrevistador continuar a errar, então diga: "Sei que o senhor conversa com muitos candidatos. Gostaria de checar se está com o meu currículo em mãos. Sou fulano de tal, formado pela universidade XYZ""

  • Se o telefone celular toca durante a entrevista?

    Desligue imediatamente. Peça desculpas. Aliás, o correto é entrar na sala com o celular desligado.

  • Se você chegar atrasado?

    Para essa, não tem desculpa. O melhor a fazer é ligar para o entrevistador com antecedência, explicar o problema e pedir desculpas. Se o atraso for ultrapassar 15 minutos, esteja disponível para remarcar a entrevista.

  • Se o entrevistador fala algo que você sabe que é incorreto?

    Se for um erro que você pode contradizer com números e dados, faça-o delicadamente. Ele pode estar testando você. Repita a frase com a correção, sem destacar que o entrevistador está errado.

  • Se você comete uma gafe estúpida (como a de dizer no final de uma entrevista com o diretor da Pepsi que você sempre quis trabalhar na Coca-Cola)?

    Corrija a gafe rapidamente. Deixe claro seu compromisso com a empresa. E não tente justificar o equívoco dizendo que se confundiu porque teve ontem uma entrevista com o pessoal da Coca-Cola. O remendo pode ser ainda pior.

  • Se você derrubar café na roupa?

    Tente conduzir a situação com bom humor. Pergunte onde ficam as toalhas de papel e peça licença para ir buscá-las. Não fique esperando alguém consertar a confusão que arrumou. Deixe claro que a entrevista é mais importante que o imprevisto.

  • DEPOIS

  • Volte para casa e analise a entrevista. Verifique o que funcionou e o que não deu certo e como poderia melhorar na próxima ocasião
  • Envie uma carta de agradecimento à empresa no máximo 48 horas após a entrevista
  • Se você não tiver notícia nenhuma após duas semanas, ligue para o recrutador e verifique se ele precisa de mais algum dado sobre você

  • publicado em: http://vocesa.abril.com.br/informado/aberto/ar_152641.shtml