sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Gestão: uma adaptação para o terceiro setor

No Brasil, após os anos 80 vem acontecendo o “boom” das Organizações Não-Governamentais, que movimentam recursos oriundos de doações, prestações de serviços, convênios com o Governo, parcerias internacionais e comercialização de produtos.
Para realizar o acompanhamento desta engrenagem que busca apoiar a comunidade para o atendimento de suas necessidade e diminuição das diferenças sociais, está sendo cada vez mais necessário o uso do cientificismo (no uso das ciências administrativas) no lugar do empirismo e da boa vontade, apenas.
Hoje, nos diversos setores da sociedade, estão ebulindo discussões sobre Gestão, por uma constante corrida pela qualidade.
Gestão é um termo que começou sendo utilizado no primeiro setor (governo), e hoje, vem sendo adaptado para as organizações sociais com o objetivo do aperfeiçoamento dos seus processos gerenciais. A idéia de gestão está sendo absorvida como uma ferramenta para o melhoramento da administração nas instituições sem fins lucrativos.
Mesmo que interagindo com as teorias que foram pensadas para uma aplicabilidade em empresas que visam lucro, os Gestores das ONG`s necessitam adaptar estes conceitos à realidade de suas instituições, onde o recurso mais importante ainda é o humano. Alguns atributos estão cada vez mais indispensáveis, devido ao crescimento e a visibilidade que estas alcançaram nas últimas duas décadas, pois fazem parte de um conjunto de ferramentas de gestão, como a sustentabilidade financeira, a qualidade nos serviços, a transparências nas ações e as articulações em rede.
Ainda que uma instituição tenha estes diferenciais, sua gestão não deixa de ser complexa, pois, quem ocupa o papel do gestor tem a missão de pensar na melhoria dos processos e na qualidade dos serviços propostos, mas sem tirar o olhar da gestão de pessoas, e gestão administrativa-financeira; a missão de trabalhar sempre com a diversidade, quando luta pela melhoria de vida das pessoas em diversos espaços e situações, sem contar que, além destas missões, ainda precisa conciliar os interesses dos beneficiários de suas ações, dos funcionários e da organização, sem esquecer que ele próprio é parte simultânea dos dois últimos, pois não teria sentido melhorar a vida das pessoas “de fora” e esquecer das “de dentro”.
Um outro desafio, não menos complexo, é fazer está gestão participativa – efetivamente, democratizando a participação nas decisões necessárias e na sua efetivação, baseado em um compromisso coletivo.
O gestor de uma ONG precisa ter claro o seu papel, ser comprometido com a instituição, saber trabalhar em equipe, ter dinamismo, proatividade e bom relacionamento com a comunidade; precisa ainda, ter conhecimento administrativo, financeiro e de gestão de pessoas, conhecer processos de planejamento estratégico, de legislação.
Sem questionamentos, o gestor tem que estar preparado para atuar, mas esta preparação não acontece de uma hora para outra, é um processo. O desenvolvimento pode se dar através de uso da literatura sobre o tema e de cursos especializados. Vale lembrar ainda que ele não atua sozinho, precisa que as pessoas que estejam inseridas no processo façam parte do planejamento e das decisões.
Autor: Flávia Lucena

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Ouvir faz bem para você

No pain, no gain, diz um ditado inglês. Traduzindo, sem dor não tem crescimento. Assim, quando um colega na empresa ou mesmo o chefe chamar você para uma conversa, antes de sair dizendo por aí que é perseguição ou falta de reconhecimento, refl ita sobre o que você ouviu. Sair por aí reclamando antes mesmo do fi nal da conversa não contribui para sua imagem no trabalho nem para que você melhore seu desempenho. Na maior parte das vezes, a intenção é fazer você melhorar, seja na performance profi ssional, seja na maneira como se relaciona com a equipe e outros funcionários da empresa. Com certeza, ouvir atentamente vai trazer algum resultado para o seu trabalho. Em alguns casos, a mudança sugerida pode até defi nir sua permanência na companhia, na equipe ou no cargo.

Amadurecer é deixar de ver nossas relações profi ssionais com aquele olhar infantil de que tudo é pessoal. Saber que não necessariamente estamos rodeados de amigos no ambiente de trabalho, da mesma maneira como acontece lá fora. Amadurecer é, também, aprender a separar sentimentos que cabem mais em relações pessoais dos sentimentos e reações que são mais adequados ao dia-a-dia da empresa. Portanto, se você ouviu algo que não é exatamente um elogio, pare, respire fundo e analise se não faz sentido. Pare com essa história de se imaginar perseguido ou incompreendido porque, em vez de aplausos, você recebeu uma bronca. É assim que a gente aprende e muda. Claro, reprimendas o tempo todo são um sinal de que você precisa mudar. Mudar é amadurecer.

Fica aqui o convite para uma refl exão. A quantas andam os aplausos e as reprimendas que você recebe? Veja o que vem sendo mais constante e como é sua reação. Seja inteligente e fi no para fazer com que o desconforto das “chamadas” não se torne um ácido. Da mesma maneira, orgulhe- se dos aplausos que você também recebe. Na hora de repartir essa alegria, seja elegante o sufi ciente para não se gabar. Cá entre nós, pitis só combinam com pessoas que, de elegantes, nada têm. Isso é saber viver!

Célia Leão é autora de Boas Maneiras de A a Z (Editora STS) e consultora de
etiqueta empresarial.
Artigo publicado na revista Você S/A de outubro/2007.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Manias na empresa?

No ambiente de trabalho, saber viver em grupo é fundamental para quem quer se destacar. Mas, se você só consegue pensar em eficiência, desempenho, carisma etc, está equivocado.


Viver em grupo significa também ter uma "noção" do que pode incomodar as pessoas ao seu lado. Afinal, como você, todos precisam se concentrar, desenvolver um bom trabalho com condições para isso. Pensando assim, coloque a mão na consciência e diga: o que pode irritar no trabalho?

Celular: você "ama" seu ringtone?

A tecnologia oferece recursos bastante atraentes e fica difícil resistir, certo? Mas isso não significa que, no trabalho, seus colegas devam adorar aquele toque "especial" do seu celular, que dispara quando você está distante da sua mesa.

Além de tirar a concentração dos colegas ao lado, a música insistente continua por um bom tempo. E quem está por perto: atende? Desliga?

A conversa é sua...

Problemas pessoais? Que tal ausentar-se alguns minutos da sua mesa para tentar resolvê-los por telefone, onde possa conversar sem ser inconveniente.

Torna-se bastante desagradável, no clima silencioso e concentrado do escritório, perceber aquela discussão acalorada e fingir que nada está acontecendo. Controle seus ânimos: a pessoa do outro lado da linha pode estar em um ambiente onde possa soltar o verbo... mas você, não!

Empolgação excessiva?

Ter colegas animados é sempre bom: descontraem o ambiente e tornam os problemas menos pesados. Mas, como tudo em exagero é prejudicial, aquele funcionário altamente empolgado, que vive rindo de tudo, falando alto e brincando até com a desgraça alheia não conquista muita simpatia no local de trabalho.

Por outro lado, quem já chega no escritório perguntando "Bom dia por quê?" também não conquistará muitos amigos. Afinal, são mais de oito horas dividindo o mesmo ambiente. É preciso ter bom senso!

O ambiente não é só seu

Suponha que você divide sua mesa com um outro colega que trabalha no turno da noite. Acha justo deixar sua mesa repleta de objetos pessoais ou "amuletos" do seu time de futebol? A idéia é respeitar o espaço, que não é só seu.

Da mesma forma, muito cuidado com perfumes fortes ou com aquela mania de manter sempre em sua mesa um incenso aceso para purificar o ambiente. Você gosta do cheiro, outros nem tanto!

Segure a curiosidade

E tem algo mais chato do que aquele amigo xereta que tem necessidade de saber tudo o que está sendo discutido na mesa ao lado? Você conversa com um colega sobre os problemas ou pendências de determinado projeto, e lá vem ele: "quê?" "Do que estão falando?" "O que aconteceu?"

Pior ainda, se alguém lhe pergunta algo e algum desavisado ao lado já sai respondendo na frente.

"Tiques"

Resfriado? A dica parece básica demais, porém necessária. Deixe uma caixa de lenços à mão, caso contrário, estará sempre sibilando (absorvendo pelo nariz). Gosta de ler o que escreve ou mesmo falar sozinho? Os outros não precisam ouvir seus pensamentos. Controle-se!

Batucada na mesa? Pulseiras batendo insistentemente na mesa enquanto digita? Cantarolar enquanto trabalha? Ficar se mexendo na cadeira giratória enquanto conversa durante a reunião?

Cuidado! Suas pequenas manias podem prejudicar sua imagem na empresa. Controle-se e capriche. Se cada um fizer sua parte, a convivência no trabalho se torna muito mais agradável. Para quem acha tudo isso um detalhe... talvez ainda não tenha passado pela experiência ou... não percebeu ainda seus próprios tiques!

domingo, 7 de outubro de 2007

O real papel do líder de sucesso

Por Vinicius Sebastião Borges da Silveira


As empresas competitivas buscam resultados. A economia mundial vive hoje o momento de concorrência mais acirrado que já existiu em todos os tempos. Para sobreviverem a esse cenário, as organizações adotaram um rigoroso padrão de excelência e passaram a exigir resultados cada vez mais positivos. Para produzir, atender aos clientes com excelência, competir nos mercados e atingir objetivos, as empresas exigem o máximo de desempenho de suas equipes. O desafio de tornar as pessoas mais produtivas, eficientes, comprometidas, adaptáveis e formar equipes vencedoras que gerem resultados positivos para o meio organizacional está nas mãos dos líderes.



Saber identificar e para onde se quer ir também são características louváveis de uma verdadeira liderança. No entanto, não há um modo único para liderar as pessoas. Não existe uma melhor metodologia para liderar as equipes. Os líderes de sucesso precisam desenvolver habilidades e obter, conseqüentemente, experiências pessoais e úteis através dos mais diversos métodos que podem ser usados para influenciar os membros de suas equipes. Os gestores devem buscar ativamente oportunidades para praticar e desenvolver nas pessoas a ação de forma motivadora.



O líder precisa ser forte e, é claro, contar com recursos para comandar uma jornada vitoriosa. Ele precisa influenciar e inspirar os outros para se unirem a ele, pois de outra forma o líder corre o risco de se tornar um viajante solitário e em rumo. Ele sempre precisará de um “mapa”, pois mesmo sendo forte o gestor pode se perder em um sistema complexo. Os líderes são os primeiros a sofrerem quando as situações desandam, não acontecem como o planejado. Isso porque, eles também são responsáveis pelo que acontece com a organização.


O real papel do líder bem-sucedido vai além de gerir os recursos da empresa. Ele tem a responsabilidade de INSPIRAR, DESENVOLVER PESSOAS e EQUIPES para que essas alcancem metas e resultados, conquistem objetivos cada vez mais ousados e se realizem plenamente dentro e fora da empresa. Isso sim, é liderar com sucesso.


Todo verdadeiro líder é influenciador e cultiva a colaboração com os outros e, ao mesmo tempo, esforça-se para criar relacionamentos produtivos. Para que os objetivos dos líderes sejam alcançados é necessário que os mesmos tratem as pessoas como elementos indispensáveis para a conquista da eficácia organizacional, que os colaboradores sejam vistos como seres humanos que agem e possuem sentimentos e nunca considerados máquinas incapazes de sentir tristeza, solidão ou dor.



O líder precisa ter a habilidade de conhecer e reconhecer as necessidades e os interesses das pessoas que compõem a sua equipe, para que junto com seus subordinados possa buscar e encontrar condições benéficas tanto para a organização quanto para os próprios colaboradores. A liderança exerce papel importante para a empresa, mas precisa apresentar características essenciais como: autodesenvolvimento; habilidades de comunicação e influência; auto-motivação e pensamento positivo para manter todas as pessoas envolvidas no processo tanto operacional quanto comportamental, a fim de que os resultados esperados possam ser atingidos com total sucesso.


O líder deve dar exemplo de comportamento, contudo jamais deve perder o controle e nunca pode reclamar e dizer que “não dá mais”, que um problema não tem solução. Ele deve reunir sua equipe e encontrar alternativas para solucionar o problema, afinal o ser humano é movido por incentivos e motivos. O bom comportamento influencia bons pensamentos e sendo assim, o líder jamais deve desviar seus pensamentos e objetivos para ações que o fragilizem.


Um bom líder trabalha e estimula o talento dos outros, nunca faz o trabalho dos outros profissionais ou assume a responsabilidade dos membros de sua equipe. O líder que comanda verdadeiramente cria em seus subordinados as atitudes construtivas possíveis e assegurará os melhores e mais prolongados resultados para ele e seus colaboradores.


O verdadeiro líder, alicerçado em seus princípios e valores, precisa depositar confiança no “banco emocional” de cada membro da sua equipe. O gestor necessita agir com humildade e saber perdoar as falhas, assim como deve encorajar o outro e ter coragem suficiente para corrigir e admitir seus próprios erros. E para se tornar um líder de sucesso é preciso ser humilde, pois a humildade é sinal de força e não de fraqueza como muitos imaginam. No fundo, ter humildade significa acima de tudo e simplesmente ter honestidade consigo.


http://www.rh.com.br/ler.php?cod=4862&org=2